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Os 9 projetos circulares mais inspiradores do Grande Porto

Atualizado: 15 de ago. de 2022

No Grande Porto, encontramos muitos exemplos regenerativos e circulares de projetos, programas, empresas e organizações que promovem uma transição para um futuro mais circular, sustentável e justo para todos os cidadãos.


Selecionamos alguns projetos e programas da região do Grande Porto, que consideramos exemplos de boas práticas regenerativas e que podem ser inspiradores para a aplicação em outros municípios do nosso país.


1. Banco de Materiais


Projeto Municipal e pioneiro a nível nacional, o Banco de Materiais promove a salvaguarda de materiais retirados de edifícios demolidos ou degradados para, mais tarde, serem reutilizados pelos cidadãos e organizações locais no espaço urbano.


Além de valorizar o património da cidade, este projeto promove a economia circular, evitando a acumulação de materiais, visto que possui um serviço de recolha e doação de materiais para serem reutilizados na recuperação e construção de novos edifícios.


Exposição no Palacete dos Viscondes de Balsemão, Porto, Portugal
Exposição no Palacete dos Viscondes de Balsemão, Porto, Portugal

Localizado no Palacete dos Viscondes de Balsemão, em pleno coração do Porto, esta coleção, de caráter museológico, reúne diversos elementos decorativos e construtivos que estão em exposição e abertos ao público desde 2010, como azulejos, placas toponímicas, artefatos de madeira, estuques, ferro e cantaria.



2. Flea Market


Desde 2009 que a Flea Market acontece mensalmente em diversos locais da cidade do Porto, e o seu sucesso comprova que os artigos em segunda mão estão cada vez mais populares entre os portuenses.


Roupas em segunda mão na Flea Market, no Porto
Flea Market na Praça Velasquez, Porto

A Flea Market Porto, também conhecida como "Feira da Pulga", reúne atualmente cerca de 200 vendedores. Ela caracteriza-se como uma feira para compra, venda e troca de artigos usados, sendo possível encontrar diversos artigos vintage como móveis, roupas, objetos decorativos, livros, discos, moedas, brinquedos, dentre outros.



3. FUTURO - O Projeto das 100 000 Árvores


Sob Iniciativa do CRE.Porto (Centro Regional de Excelência em Educação para o Desenvolvimento Sustentável da Área Metropolitana do Porto), e coordenação da Área Metropolitana do Porto e da Universidade Católica Portuguesa (Porto), o projeto das 100 000 Árvores propõe a plantação de árvores nativas em terrenos públicos em diversos locais da Área Metropolitana do Porto, do Vale do Ave à Serra da Freita.

Meninas a plantar árvores
Plantação de árvores no Projeto FUTURO

Com o intuito de reabilitar áreas ardidas, degradadas e subaproveitadas da região, este projeto pretende aumentar a biodiversidade, promover a diversidade da paisagem e dos ecossistemas, e ainda funcionar como barreiras naturais em caso de incêndios. A intenção é contribuir para "o sequestro de 20.280 toneladas de carbono ao longo dos próximos 40 anos", além de oferecer inúmeros benefícios ecológicos, económicos, sociais, culturais para a sociedade.


Atualmente, os locais em intervenção totalizam uma área de 185 hectares em 16 cidades como o Porto, Vila Nova de Gaia, Maia, Espinho, Gondomar, Póvoa do Varzim, Vila do Conde, Arouca, São João da Madeira, dentre outras.



4. Hortas Pedagógicas


As Hortas Pedagógicas são uma das apostas do Programa de Educação para a Sustentabilidade 2021/2022, um programa voltado para a educação ambiental de diversos grupos que incluem: o pré-escolar, 1.º ciclo do ensino básico e instituições de apoio a pessoas com necessidades especiais.


Crianças colhendo alimentos no programa Hortas Pedagógicas, no Porto, Portugal
Programa Hortas Pedagógicas no Porto

Ao longo de 17 sessões quinzenais, o projeto decorrer na Quinta Covelo e no Núcleo Rural do Parque da Cidade, e permite que todos os participantes tenham um contacto direto com a natureza e a biodiversidade, para além de compreender a importância dos ciclos naturais, facilitando "a aprendizagem sobre os processos biológicos, ritmos, ciclos de germinação, plantação e crescimento das plantas, em associação com práticas de alimentação saudável".



5. Projeto Quinto Alçado


O Projeto Quinto Alçado do Porto (PQAP) surgiu em 2016 na cidade, sendo de autoria do engenheiro Paulo Palha, atual CEO da Neoturf espaços verdes, fundador da Landlab, Presidente da Associação nacional de Coberturas Verdes (ANCV) e vice-presidente da European Federation of Green Roof Associations.


Este projeto de reabilitação urbana, pretende implementar mais coberturas verdes na cidade do Porto, com a criação de paisagens que sejam mais resilientes e sustentáveis, garantindo uma ambiente mais saudável a todos os cidadãos.


Vista aérea do Jardim das Oliveiras, no Porto
Jardim das Oliveiras, no Porto, é um exemplo desta intervenção

Além da cobertura presente na Estação Trindade, destaca-se o Jardim das Oliveiras, situado em pleno centro do Porto, caracterizada como a maior cobertura verde intensiva do município, com cerca de 50 oliveiras e uma área total de 4500 m².


6. Porto Innovation Hub


Apoiado nos pilares da inovação, criatividade e transformação, O Porto Innovation Hub (PIH) é uma iniciativa do município que foi lançada em 2016, e pretende ser "uma plataforma para o fortalecimento do ecossistema de inovação e empreendedorismo da cidade".


Interior do Porto Innovation Hub, no centro do Porto
Interior do Porto Innovation Hub, no centro do Porto

Este projeto tem como missão potenciar diversos aspetos da cidade e melhorar a qualidade de vida da população, através da interação e participação dos cidadãos e dos agentes de inovação. Foca-se também na promoção de ações, atividades e eventos que contribuam para uma cultura da inovação em diversos níveis: sociedade, urbanismo e arquitetura, acessibilidade, sustentabilidade, energia, resíduos, economia, emprego, empreendedorismo, dentre outros.


O objetivo central é desenvolver estratégias que possam otimizar processos e serviços do município, criando oportunidades e cenários a nível urbano, por meio da experimentação de ideias inovadoras.



7. Projeto Orgânico


Criado no âmbito do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), em 2021, a Porto Ambiente lançou o projeto Orgânico, que pretende contribuir para a sustentabilidade ambiental e uma economia mais circular. Até o momento, estão a participar cerca de 64 500 habitantes, totalizando 30% da população residente na cidade do Porto.


processo de compostagem
Composto orgânico presente nos contentores castanhos

Através da recolha seletiva de resíduos em prédios foram inseridos uma rede de ecopontos para a deposição seletiva de resíduos orgânicos. Ao aderir ao projeto através da plataforma, os residentes da cidade recebem em casa um kit que os auxilia na separação dos resíduos orgânicos.


Segundo o site do projeto, os resíduos recolhidos "serão submetidos a um processo de valorização orgânica, compostagem, resultando num composto 100% natural que poderá ser utilizado como adubo na agricultura biológica".



8. Viveiro Municipal


Com uma infraestrutura de 70 000 m², o Viveiro Municipal do Porto estende-se por sete hectares, e está localizado na Quinta de Furamontes, em Areias, Campanhã.


O local abriga cerca de 90% das plantas (árvores, arbustos e herbáceas) utilizadas na cidade, o que permite que seja construído jardins em qualquer altura do ano. Algumas das plantas cultivadas no local são: azevinhos, loureiros, azereiros, medronheiros, lódãos, murtas, camélias, manjericos, dentre outras.



Além de servirem para abastecer os jardins da cidade, as plantas cultivadas no local também são oferecidas aos residentes, empresas ou organizações locais. No âmbito do programa "Se tem um jardim, temos uma árvore para si", o viveiro oferece árvores ou arbustos nativos para todos aqueles que sejam proprietários ou gestores de um pequeno jardim ou quintal.



9. Projeto Construção Circular


O Projeto Construção Circular (PRCD – Prevenção dos Resíduos de Construção e Demolição), promovido pela Smart Waste Portugal ASWP e financiado pelo Fundo Ambiental, pretende contribuir para sensibilização e consciencialização dos cidadãos, empresas e organizações para a problemática associada ao consumo intensivo de matérias-primas, bem como da produção de elevados quantitativos de Resíduos de Construção e Demolição (RCD).



Localizada em Leça da Palmeira, no município de Matosinhos, esta iniciativa pretende acelerar a transição para uma economia mais circular e que contribua para o fecho do ciclo de materiais, através de uma melhor gestão e valorização de resíduos produzidos, sobretudo pelo setor da construção civil e de resíduos.


Além disso, o projeto visa valorizar o território e o património - natural, paisagístico e cultural, promover o desenvolvimento de uma sociedade resiliente e de baixo carbono, reduzir a extração de recursos naturais e o desvio de recursos para o aterro.


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